“Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de um futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja um fragmento do futuro...” (Rubem Alves)





.

Como fazer evangelismo pessoal.

O evangelismo pessoal tem como maior barreira a timidez que a maioria das pessoas possuem, más essa timidez só pode ser vencida com a prática, aos poucos a tmidez será superada. É recomendável, (principalmente para que está começando) evangelizar sempre em grupo, ou com pelo menos um parceiro.


É sempre importante o conhecimento bíblico, com o seu conhecimento Deus vai te usar, e quanto mais você conhecer, mais recursos terá, a Bíblia é a espada do Espírito, más essa espada deve estar afiada, é importantíssimo o conhecimento Bíblico, principalmente Teologia Sistemática. Se você conhecer teologia sistemática, você vai ter argumento para refutar qualquer heresia.


Não espere que todos aceitem a Jesus naquele mesmo momento. A Palavra de Deus é como uma semente, que se plante hoje o se colhe o fruto só depois de algum tempo. Está escrito em Isaías cap.55 que a Palavra de Deus não volta vazia. Então não se entristeça com aqueles que não derem muito ouvido, podem não crer hoje, más um dia vão se lembrar do que você disse pra eles, e muitos vão se converter.


Então não se esqueça, vá evangelizar de preferência com mais pessoas, busque conhecimento bíblico, e tenha consciência de que os frutos nem sempre são imediatos.

Más por tudo que fizermos para a obra de Deus seremos recompensados.



Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor
(1Corintios 15:58)

Entendes o que lês?





Certa feita o evangelista Felipe estava andando, quando ouviu um homem lendo o livro do profeta Isaías numa passagem que falava do messias. Felipe se dirigiu ao homem e perguntou: “Entendes o que lês?”, o homem respondeu: “ como posso entender se ninguém me explicar?”. Felipe explicou para o homem o significado daquela passagem profética, o homem agradecido seguio o seu caminho, e espalhou a mensagem do texto em sua terra natal.


Todo autor quando escreve um texto, escreve com a intenção de comunicar algo.
Grandes obras trazem riqueza de significado, mas isso não significa que podemos escolher um significado para o texto, e sim que devemos extrair do texto aquilo que ele diz, aquilo que o autor nos transmite.


Para entendermos um texto(seja ele bíblico ou não), devemos levar em consideração alguns conceitos:

1- Quem escreveu o texto?
Antes de refletir sobre o texto eu devo conhecer o tipo de vida que teve o autor, principalmente se for um texto antigo como a Bíblia. Conhecer o autor e entender qual a ideologia(visão de mundo) dele, vai me ajudar muito a entender o texto.

2-Para quem o texto foi escrito originalmente?
Para entender, por exemplo, a carta do Apostolo Paulo aos Romanos, eu devo ter um conhecimento no mínimo básico sobre o modo de vida daquele povo, suas crenças religiosas, como eles viam a família, as classes sociais, etc.

3-Qual o objetivo do autor em escrever o texto.
Desvendar o objetivo do autor esclarece, e deve ser considerado juntamente com os itens 1 e 2.

4-O contexto histórico.
É de suma importância conhecer o contexto histórico da época em que o texto foi escrito, o que ocorreu na sociedade daquela época. Conhecendo o real contexto em que foi escrita a obra, é possível retirar lições que servem para serem aplicadas em nossas vidas.

5-O contexto literário.
O contexto é o que vem antes e/ou depois do texto(cotexto). Num texto bíblico o contexto pode ser: um versículo, vários versículos, um capítulo, um livro e até a Bíblia inteira. Separar um texto de seu contexto pode gerar muita confusão, e perda do real significado.

6-Examinar as micro estruturas
A língua é um sistema de signos estruturados. Através da união de pequenas estruturas podemos formar grandes estruturas. Devemos entender o que as pequenas estruturas do texto nos informam, e qual informação o autor nos passa com a junção delas. A compreensão das microestruturas esclarece a nossa compreensão da macro estrutura, daquilo que o texto diz em sua integra.

7-Conhecer as línguas originais
É muito importante para um estudioso de textos traduzidos que quer se aprofundar em seu conhecimento, aprender a língua original em que o texto foi escrito. Muitas vezes a tradução de uma poesia perde muito de seu significado e valor estético, pela perda da rima e da métrica.



Boa leitura!!!


Dicotomias de Saussure

Método dominante de fazer lingüística no século dezenove é o chamado método histórico comparativo. Um dos teóricos mais importantes dessa época é sem dúvida Ferdinand de Saussure. Através do método histórico comparativo é possível fazer observações como a semelhança do Francês para o Português, que nos aponta a origem dessas duas línguas, ambas vieram do latim.
Saussure definiu um novo objeto de estudos para a lingüística, as dicotomias. No curso de lingüística geral de Saussure não aparece o termo dicotomia, más há quatro pares de conceitos que fazem uma síntese da analise de Saussure, esses conceitos ou dicotomias são: diacronia VS sincronia, língua VS fala, significante VS significado e paradigma VS sintagma. A palavra dicotomia deriva do grego dichotomia, que significa dividir em partes iguais.

Sincronia VS diacronia.
Saussure não foi o inventor da lingüística, ale estabeleceu um objeto de estudo para ela. Antes de Saussure se usava o método histórico comparativo, que Saussure denominou diacronia.
Doiacronia vem do grego dia que significa através e kronos que significa tempo. O estudo diacrônico estuda as mudanças que a língua sofreu através do tempo.
Enquanto a diacronia estuda as mudanças que a língua sofreu através do tempo, o estudo sincrônico é o estudo da língua num determinado período do tempo. A palavra sincronia vem do grego sin que significa juntamente, e kronos que significa tempo.
A partir da dicotomia sincronia VS diacronia Saussure determina uma distinção entre fatos sincrônicos e fatos diacrônicos, os fatos sincrônicos estabelecem períodos de regularidade num tempo da língua, a diacronia é a sucessão dessas sincronias.

Língua VS fala.
Para Saussure a língua se opõe a fala, sendo que a língua é coletiva e a fala é individual.
A língua é um sistema de signos estruturados, ela é sistemática, enquanto a fala é individual. Enquanto a língua é um dado social, a fala é particular. A fala é a forma como um indivíduo utiliza a língua. Os fatos de língua podem ser estudados separadamente dos fatos de fala. Em algumas partes do nosso país as pessoas pronunciam mulé ao invés de mulher, num fato como esse a língua não é alterada, pois lá também é usada a forma mulher, a fala só altera a língua quando a estrutura é alterada. A língua é um sistema organizado enquanto a fala é a forma particular de usar esse sistema.

Significante VS significado.
Signo segundo Saussure é a junção de um significante com um significado.
A língua não é uma mera nomenclatura, mas sim a relação de uma imagem acústica com um conceito, isto é, um significante e um significado, que juntos formam um signo. Um signo ganha valor em sua relação com outros signos. A semiologia é a ciência dos signos gerais, enquanto a lingüística é a ciência dos signos verbais.

Paradigma VS sintagma
Para Saussure as relações com os elementos lingüísticos são estabelecidas em dois domínios distintos: um eixo de seleção (paradigmático), e um eixo de combinação (sintagmático).
Os signos sendo alinhados um após o outro formam uma relação chamada sintagmática, sintagma no grego quer dizer coisa posta em ordem. A relação baseada nos elementos que são combinados se chama paradigmática, paradigma vem do grego paradéigma que quer dizer modelo, exemplo.
A dicotomia paradigma VS sintagma está no domínio da língua e não da fala, isso porque pertence ao sistema estruturado, enquanto a fala é a realização desse sistema pelo ato individual.
Tantos as relações paradigmáticas quanto as sintagmáticas ocorrem em todos os níveis da língua: o dos sons, o dos morfemas e o das palavras.

Retirado do livro: curso de linguística geral de Ferdinand de Saussure. PIETROFORTE, Antonio Vicente. A língua como objeto da linguística. in, FIORIN, José Luiz(org). Introdução à linguística", objetos teóricos. São Paulo, 2005. p74-93.

A formação da ideologia



Retirado do texto Linguagem e Ideologia (1998), de José Luiz Fiorin. Professor do instituto de letras, ciências sociais e educação da UNESP, Araraquara.

Existe uma ligação entre a linguagem e a ideologia.
A formação ideológica deve ser entendida como a visão de mundo de uma determinada classe social, isto é, o conjunto de representações e idéias que uma determinada classe tem do mundo. Essa visão de mundo não existe desvinculada da linguagem, já que não existe idéia fora dos quadros da linguagem, precisamos da linguagem para transmitir as idéias, por isso a formação ideológica é formada pelo discurso.
A ideologia é ensinada aos membros da sociedade através do processo de aprendizagem lingüística. É com sua formação ideológica que o homem constrói seus discursos, que ele reage linguisticamente aos acontecimentos. A formação ideológica impõe o que pensar, e a formação discursiva impõe o que fazer. É a soma das vozes de outros no indivíduo que ditam a sua visão de mundo.
Não existe pensamento fora da linguagem, a ausência de uma linguagem impossibilita o indivíduo de pensar, pensamento e linguagem são inseparáveis, apesar do pensamento ser algo distinto da linguagem. É através da linguagem que o indivíduo expressa seus pensamentos.
Mas será que existe individualidade na linguagem?
Segundo o autor a consciência é algo coletivo, existe muita relutância por parte das pessoas quando ouvem isso. A confusão de idéias radica-se no próprio conceito de indivíduo, porque o homem não é apenas uma individualidade que reside no espírito, é também produto de relações sociais ativas e inteligentes. Assim como o homem não está livre das relações sociais, também não está livre das coerções impostas pela sociedade.
Sendo a consciência algo coletivo, a individualidade reside no julgamento que fazemos daquilo que ouvimos. Podemos escolher quais vozes aceitaremos, mas até nisso somos influenciados pelo conjunto de vozes que formaram nossa ideologia.